Semana tensa e ao mesmo tempo mais do que tranquila. Estou quase (leia-se QUASE) me sentindo culpada por faltar três dias na escola. Mas que mal tem? Me dei férias de três dias, eu não ligo. Tudo bem que, minha consciência pesa muito. Tudo bem, só um pouquinho. No começo da semana, comecei com as frases mais belas do cara mais perfeito de todos, me fazendo chorar desesperadamente... Depois acabei me apaixonando de novo pelo garoto mais lindo que eu já vi, e quando a gente se apaixona de novo aquela sensação inexplicável de borboletas no estômago. Angústias causadas por amar tanto, e mesmo doendo MUITO, eu adoro sentir isso. É como se me fizesse viver de uma forma melhor e mais bonita. Depois de uma longa e árdua (estou com um vício inacreditável por essa palavra) espera, acabei por sentir aquela ''dorzinha'' - só porque estou de bom humor - de todo mês. Eis meu primeiro dia de férias pessoais. Ok, passar um dia de férias na cama assistindo High School Musical 2 não é lá o dia perfeito, mas descansei. AH! Pulei a parte mais tensa da história, de segunda pra quarta. Esqueci da terça-feira mais escura de todos os tempos. Primeiramente, me avisaram mais do que encima da hora que iriamos sair para o aniversário da minha avó... Meu mau-humor começou. Saímos, eu com aquela dor no coração de não poder conversar com meu R, mas saí. Lá pelas 22:15, as luzes do restaurante apagaram... Até aí, tudo normal, falta de luz no bairro. Fomos embora, e, FALTA DE LUZ NO BAIRRO É O CACETE! Era um apagão geral, que depois de chegar em casa e ligar o rádio (pois era a única coisa que funcionava) eu descobri que afetava a maior parte do país. Pronto, pensei. É o fim do mundo. Fiquei muito apreensiva pela volta da energia, só eu sei que não posso sobreviver sem meu computador. Duas da manhã, a energia voltou. Dormi. Acordei já na quarta-feira (voltando ao tempo cronológico certo da história) com aquela dor insuportável, mas mesmo assim, liguei o computador. E a maldita internet, onde estava? Me senti muito mal, porque DE NOVO, a internet é um bem necessário pra mim, preciso e dependo inteiramente dela. E por nada nesse mundo que essa internet voltava. Liguei pra tudo quanto é lugar, e nada. O problema não era no modem ou algo assim, mas o apagão provavelmente afetou a minha rede, que foi desconectada totalmente. Pensei em alternativas, saí correndo para usar o computador não muito bom da minha mãe, que me quebrou um galho bem grande. E o Ebuddy também, já que o messenger do computador da minha mãe não funcionava. Me virei bem, consegui falar com o bebê pelo menos. Depois de sair de lá, ainda me sentia super mal pela dor, e pelo medo de não estabelecer um contato seguro com o R. Mas até aí, eu tinha o computador da minha mãe, nem que fosse pra mandar apenas mensagens offline. Quinta-feira chegou, a dor continuou, e estendi minhas férias pessoas por mais um dia. Internet? Que nada! Não achava técnico, nem nada. Comecei a me desesperar de verdade, imagina, se fosse algum vírus cibernético, o que eu ia fazer? Usei novamente o computador da mamãe, com muitas limitações, é claro. Eu tentando falar direitinho com o bebê e conversar ao mesmo tempo com ela, muito difícil... Sim, árduo demais. Me virei. Me desesperei. E aqui estou, hoje, no terceiro (e último) dia de minhas férias. Só minhas. Se bem que, acordar às 6:40 não é bem um dia normal de férias, haha. Acordei pra fazer uns exames, que não foram feitos por falta de competência. Uau, estou parecendo aquelas chefes exigentes que querem arrancar a cabeça dos funcionários. Mas realmente, dois examens marcados e nenhum feito... Enfim. Minha avó conseguiu falar com um vizinho ''que entende'' bem de computadores, e ele foi bem útil. Cá estou, com a minha internet tão amada de volta. E não, não esqueci que hoje é sexta-feira 13. Um dos meus dias preferidos, com toda a certeza. xx
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
sábado, 7 de novembro de 2009
Woody Allen no Rio.
Roberto Pompeu de Toledo
WOODY ALLEN NO RIO
"Para impressionar a namorada e mostrar-lhe que podia agir como um bravo, ele decide subir ao Morro dos Macacos para enfrentar o temido FB. Foi então que…"
Há uma campanha para que Woody Allen escolha o Rio de Janeiro como locação para um de seus próximos filmes. O que não falta são assuntos para a história. Woody sai do supermercado com o carrinho cheio e começa a descarregar a mercadoria no porta-malas do carro. Tira as verduras, a carne, o azeite e, quando enfim tira o sabão em pó – surpresa! –, aparece um cadáver no fundo do carrinho. "Quem disse que estávamos precisando disso?", reclama sua namorada (Diane Keaton). "Você nunca presta atenção na lista de compras." Segue-se uma tortuosa discussão, como em Annie Hall.
O filme também pode começar num consultório de psicanalista. Woody, no divã, diz à doutora (Mia Farrow, reconciliada com o ex-marido em razão do excitante projeto de filmar no Rio) que, não bastasse o abalo que sofreu em Nova York com o caso das torres gêmeas, agora vem ao Rio e assiste à cena de um helicóptero abatido no ar. "Eu levo a desgraça para onde vou", afirma. A psicanalista, como em Zelig, intriga-se com aquele caso peculiar. Estava diante de um Zelig ao contrário: em vez do homem camaleão, que ficava igual às pessoas que tinha em volta, eram as coisas que ficavam iguais por onde ele andava. E não adiantava dizer ao paciente que Nova York conhecera um episódio único, enquanto o Rio sofria de um desfile continuado de balas perdidas, policiais ladrões, gente torrada em "micro-ondas".
Em uma terceira possível história, o fraco e indeciso Woody, querendo mostrar à namorada (Scarlett Johansson), como em Bananas, que pode virar um bravo, decide subir ao Morro dos Macacos para caçar o temido FB. Segue-se que se revela tão audaz que acaba aclamado como o novo chefe do tráfico e então… Nenhum dos entrechos está à altura de fazer pelo Rio o que os filmes de Allen já fizeram por Londres e Barcelona, sem falar de Nova York – a câmera demorando-se nos encantos dessas cidades e no melhor que podem oferecer? Calma, apressado leitor. Ainda não chegamos ao fim. Intervalo para comprar pipoca.
***
O melhor da escolha do Rio para sediar a Olimpíada de 2016 é ter oferecido à cidade um prazo. O Rio precisa de prazos. O Brasil precisa de prazos. O pior que pode acontecer é a cidade recair nos modelos da Rio 92 e dos Jogos Pan-Americanos de 2007. Nos dois casos, armou-se uma cidade Potenkim para recepcionar os visitantes. Potenkim, para quem não sabe, era o ministro que antes da viagem da rainha Catarina da Rússia à Crimeia mandou armar cenários pelas aldeias por onde ela passaria, de modo a impressioná-la com a beleza e a prosperidade da nova conquista de seu império. É fácil armar um esquema policial-militar que garanta a tranquilidade por três semanas, mas é também uma vergonha. É contemplar os estrangeiros com uma fantasia e os nativos, condenados à volta da rotina selvagem assim que o evento termina, com um desaforo.
O prazo que o Rio ganhou é estreito a ponto de exigir ação imediata, mas largo o suficiente para o cumprimento dos objetivos. Um inimigo é a retórica, que tão brasileiramente considera que um problema está sendo enfrentado tão logo se começa a fazer discurso dizendo que está sendo enfrentado. Outro é a condescendência, tanto das autoridades quanto de eminentes cariocas, quando se refugiam no argumento de que outras cidades conhecem tanta ou mais violência, ou de que só partes da cidade são afetadas.
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Woody não é na verdade o novo chefe do tráfico; só finge sê-lo. De dentro, empreende o trabalho de desmantelar a quadrilha. Alia-se ao governador Sérgio Cabral e também tem papel decisivo na denúncia e desestruturação da corrupção policial. Aqui a história se interrompe e aparece o aviso: "Sete anos depois…". Sete anos depois, ei-lo de volta ao Rio para a Olimpíada. A cidade não está apenas tranquila. Também se civilizou. Ninguém estaciona nas calçadas e respeitam-se as faixas de pedestres. Woody confessa que, como o diretor cego de Dirigindo no Escuro, que simulava construir cenas que na verdade lhe eram sopradas, não teve nenhum papel na regeneração da cidade. Foi tudo obra de brasileiros, enfim honestos, sérios e devotados com vigor a uma causa. Em seus filmes, Woody Allen frequentemente faz a mocinha ficar com ele no final. Neste, ele conhece uma turista espanhola (Penélope Cruz) e o resto da história é a câmera mostrando o casal a beijar-se no alto do Corcovado, a discutir a relação enquanto caminha no calçadão de Ipanema, a confessar suas inseguranças enquanto circunda de bicicleta a Lagoa Rodrigo de Freitas, e não se sabe o que mais admirar – se os personagens, os diálogos ou a cidade. The end.
Post-Scriptum: Eu simplesmente achei o máximo.
Postado por B. às 15:22 0 comentários
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
personal things.
Pois é, fazia muito tempo que eu não postava aqui, muito menos um texto tão pessoal. A sentimentalidade continua a mesma, mas com um toque maior de mim mesma, de como foi o meu dia, e de como eu tô me sentindo agora. Fazia muito tempo, desde que eu ainda amava o Sas, que eu não me sentia tão assim, como eu posso dizer... Esquecida. O dia foi o pior possível, mais do que eu poderia imaginar que fosse. Tô escrevendo aqui com lágrimas nos olhos, porque desde aquela época eu não conseguia chorar desse jeito, sem motivo evidente. Eu não sei o que tá acontecendo comigo, eu jurei pra mim mesma que isso não iria mais acontecer, e agora isso... Eu tento ser forte todos os dias, mas as coisas são muito mais difíceis e não a vida não se importa se você está bem ou não. Você tem que se adaptar à ela, quer queira, quer não. Como eu disse, o dia foi o pior possível, com uma tristeza maior do que todas as outras já sofridas até então. Eu sempre tentei levar a vida separadamente, o que acontecia em casa, ficava em casa e vice-versa. Mas hoje foi diferente, foi como se eu tivesse levado uma carga tão grande pra escola, que ninguém faz nem ideia. Eu queria muito rir das coisas que as pessoas diziam, mas simplesmente eu não conseguia, não conseguia me concentrar em nada. Eu tô sentindo aquele frio ruim na barriga, como se algo de muito ruim fosse me acontecer, ou se estivesse acontecendo. É isso aí pessoal, isso é pessoal DEMAIS, e eu quis escrever.
xoxo,
Postado por B. às 21:03 0 comentários
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